Muita gente, principalmente em grandes metrópoles, se tornaram completamente dependentes do carro. E essa situação se agrava mais por que a infraestrutura do transporte público é precária e tem um nível de conforto péssimo nos horários de pico.

A cidade São Paulo vem tentando melhorar, incentivando os cidadãos a utilizarem novos modais de transporte, como a bicicleta, além de incentivar a ocupação de pedestres em regiões onde só passavam carros, como o fechamento da avenida Paulista aos domingos por exemplo.
Mudanças, principalmente no hábito das pessoas, levam tempo e geram muitos críticas. Mas em tempos de aquecimento global e mudanças climáticas, é importante saber qual o impacto que nosso carro causa ao planeta e ponderar sobre se existe mesmo uma real necessidade de usá-lo. E com o Simulador de Impactos Ambientais desenvolvido pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Público) em parceria com a WWF, medir o impacto ambiental causado pela troca de modais de transporte ficou muito mais fácil.
O simulador é capaz de medir os impactos ambientais causados pelo automóvel em cada cidade brasileira com mais de 60 mil habitantes. Selecione o Estado, a cidade e defina a porcentagem de viagens feitas atualmente por um modal que deve ser transferida para outro. Na tela seguinte, o sistema exibe o resultado:


Segundo pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo, 63% dos poluentes atmosféricos emitidos na capital paulistana é emitida por carros, motos, caminhões e ônibus. Outros dados alarmantes, também divulgados em pesquisas realizadas pela USP revelam que a poluição atmosférica em São Paulo é 2,5 vezes maior que o limite estipulado pela Organização Mundial de Saúde. Ainda, segundo pesquisa liderada por Paulo Saldiva, professor e pesquisador da USP, a poluição atmosférica mata quatro mil pessoas por ano em São Paulo.

Incentivos para uso do transporte público ou da bicicleta, como os que estão ocorrendo em São Paulo já estão causando mudanças na nossa cidade: pesquisa publicada pela rede Nossa São Paulo indica uma queda de 56% para 45% do número de pessoas que usam o carro todos ou quase todos os dias na maior cidade do Brasil entre 2014 e 2015.
Será que não já passou da hora de repensarmos nossos hábitos de locomoção?
Você pode consultar a metodologia utilizada na simulação clicando aqui.
Com informações de Outra Cidade, Agência USP (1, 2) e Blog Ponto de Ônibus